Nasci na Aldeia Paredão ( MT) e frequentei escolas indígenas até o ensino médio. Gosto de trabalhar na comunidade e no movimento indígena. Já trabalhei para a Associação Manoki Pyta e faço parte da Federação dos Povos e Organizações Indígenas do Mato Grosso (FEPOIMT). Atualmente, integro o Coletivo Ijã Mytyli de Cinema Manoki e Myky. Acredito que o cinema indígena é um dos meios fundamentais para levar igualdade social ao mundo. É um caminho que tem um potencial revolucionário para os seres humanos. Os tempos em que vivemos, assim como os outros, não são nada fáceis, por isso a importância da visibilidade dos trabalhos indígenas nos meios audiovisuais. Nós, povos indígenas, estamos passando por desafios extremos, como lutar contra o governo que em pouco tempo de mandato retrocedeu nossos direitos e fragilizou todas nossas atividades – ainda mais meio à pandemia, deixando-nos mais vulneráveis ao novo vírus. Acreditar em nossos espíritos sagrados está sendo mais do que nunca a sobrevivência do nosso bem estar. É o que nos tem dado esperança e forças para voltar a lutar.
Veja aqui os filmes produzidos Coletivo Ijã Mytyli de Cinema Manoki e Myky, do qual faço parte.